É impressionante a redução na oferta de transporte público nos finais de semana/feriados. Minha indignação com isto e tão grande que incluí o questionamento na minha dissertação, que inicialmente limitava-se a analisar a problemática oferta deste serviço em bairros periféricos. Resumindo, em dias/horários úteis o empresário põe até 80% da frota na rua, assim você pode ir trabalhar com relativa tranquilidade. Fora destes dias/horários (no domingo, por exemplo), chegamos aos impressionantes 30% da frota disponível na rua, então trate de sair MUITO antes de casa, porque você corre o risco de perder o horário da sessão de cinema.
Em Curitiba temos a iniciativa de baratear o valor da tarifa (acho que vai pra R$,1,00 preciso confirmar). Vai perder o filme mas já garante o sanduba :). Aqui no Rio temos uma confusa integração tarifária que ajuda um pouco mas carece de um trabalho maior pra se tornar o motivo de troca entre pegar o carro e ir de ônibus, por exemplo.
Estamos vivendo aqui no Rio uma época muito interessante, projetos requentados de remodelagem urbana saindo da gaveta (independente do motivo) vem para facilitar a vida do carioca, para chegar ao seu destino, e qual seria este destino? Vamos, façam um esforço... Sim, a distância ao destino TRABALHO será encurtada, mais conforto, mais qualidade de vida... Sério? E o pior, como esperar mudanças nesse quadro, se as pessoas que elegemos para nos representar raramente utilizam o transporte coletivo, alguns passam a vida inteira sem "passar pela roleta do busão", por saber da furada que iriam se meter, ao tentar, por exemplo, ir para casa depois da vernissage, ou depois de um jantar importante. É preferível dirigir bêbado e dar uma carteirada no policial que ousar fazer o seu trabalho. Deveríamos sim fazer um esforço para melhorar o transporte público, tanto cobrando quanto utilizando o próprio, pois como já vimos, não virão soluções favoráveis "lá de cima". Um abraço para voces!
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