sábado, 18 de agosto de 2012

Cidade desastre... ops, das Artes, desculpem...


Galera, este post estava guardado ha algum tempo e resolvi ressuscitá-lo pois esta semana estarei com meu amigo Mauro Cesar Ribeiro discutindo algumas políticas urbanas do Rio de Janeiro e pretendo fazer uma atualização assim que puder, pois a Cidade das Artes já está em pleno funcionamento e as obras de integração com o Terminal Alvorada (sim, a idéia não é para ter acesso só de carro gente!) estão  em andamento. Até mais!

RIO - Uma década depois de ter sido anunciada e de ter consumido cerca de R$ 500 milhões em recursos públicos, a Cidade das Artes (antiga Cidade da Música), na Barra da Tijuca, deverá enfim ser aberta ao público em outubro. A prefeitura publica no Diário Oficial o edital que escolherá a Organização Social (OS) responsável por administrar o espaço por dois anos. O documento deverá prever a possibilidade de renovação do contrato por mais três anos, no caso de o administrador conseguir atingir pelo menos 80% por cento das metas definidas pela prefeitura.

Uma das metas estipula que a Organização Social deverá criar para o complexo uma programação e um leque de atividades que o ocupe por um período mínimo de 208 dias por ano. Deverá ainda obter frequência mínima de 30% dos assentos do teatro ao ano, contabilizando os ingressos pagos ou gratuitos.

— No espaço teremos música, teatro, dança, cinema e gastronomia. A missão da OS será fazer com que a casa atraia público com uma programa de qualidade. Sabemos das dificuldades de se chegar até lá. O acesso a pé não existe. Não conheço um grande teatro no mundo que esteja no meio de duas avenidas tão movimentadas. O desafio é imenso — afirma o secretário municipal de Cultura, Emílio Kalil.

Com uma área total de 94 mil metros quadrados, a Cidade das Artes foi construída no cruzamento das Avenidas das Américas e Ayrton Senna. Projetada pelo arquiteto francês Christian de Portzamparc, conhecido internacionalmente por sua experiência em projetos e construção de teatros e casas de espetáculos, o complexo abrigará espaços com múltiplas destinações culturais. Além da grande sala , com capacidade para 1.650 lugares, há uma sala menor (de 456 lugares) e outros 21 espaços multiuso. O complexo contará ainda com sistema de reaproveitamento de água de chuva com capacidade para 600 mil litros. A água será usada nos jardins e nos espelhos d'água.

Segundo Kalil, apesar do longo tempo parado, o complexo ainda está passando por ajustes na construção:

— No último ano tivemos que refazer o tratamento acústico da grande sala, recolocar as cadeiras e mexer no palco.

Desde 2002, quando o então prefeito Cesar Maia anunciou a construção, a Cidade das Artes consumiu mais R$ 500 milhões dos cofres públicos. A alteração do projeto e sucessivas paralisações elevaram os custos da obra, que foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Vereadores e de uma auditoria da Controladoria Geral do Município.

Nenhum comentário: